DIAGRAMA-GLOSSÁRIO-GRÁFICO-ANATÔMICO

Um jogo verbovisual com palavras comuns a dois universos bem distintos: jargões de impressão gráfica cuja origem vem de verbetes relativos ao corpo humano – ‘bigode’, por exemplo, aparece aqui como “uma linha de enfeite que se coloca debaixo de um título”; já “bexiga”, uma “mancha amarela do papel’; “estômago”, “a parte ou cavidade dos cilindros das máquinas de impressão”.

Os termos e seus significados foram retirados das três obras sobre o tema publicadas no Brasil: o Dicionário de Termos Gráficos (1936), de Arthur Arezio; o Dicionário de Artes Gráficas (1958), de Frederico Porta; e o Dicionário do livro (1998), obra portuguesa de Maria Isabel Faria e Maria da Graça Pericão, editada no Brasil pela EDUSP em 2008.

O “Diagrama-Glossário Gráfico-Anatômico” se desdobra como uma sanfona, revelando frente e verso deste ‘atlas’ gráfico-anatômico, cuja representação do corpo humano provém do célebre ‘De humani corporis Fabrica’, cuja primeira versão foi editada em 1543, em Munique, pelo médico Andreas Vesalius.

O título completo da obra, “versão resumida, assistemática e provavelmente imprecisa de termos gráficos”, evidencia a despretensão do projeto e justifica a presença de alguns termos não-anatômicos, como “casado” e “enforcar”; bem como prováveis confusões nas indicações de detalhes técnicos — a seta do verbete “estômago” talvez esteja apontando para outro órgão; ou aquilo descrito como “nervo” não seja, de fato, um nervo. Nada disso, porém, deve ser visto como erro ou problema: afinal, a ideia da obra é outra.

“Diagrama-glossário-gráfico-anatômico” foi lançado em 2017 pela Com-Arte, editora laboratório dos alunos da ECA USP, com uma tiragem limitada de 500 exemplares.

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