Memória, Visões de um pequeno largo

Exposição
Museu da Casa Brasileira

Exposição sobre o local  no qual se ergueu o mais antigo monumento de São Paulo, o Obelisco da Memória, em 1814. De lá pra cá, o local e sua área próxima, o Piques, sofreram profundas transformações que, se por um lado os distanciaram dos holofotes da metrópole, por outro os credenciaram a narrar São Paulo como poucos. 

Para contar a história de uma cidade dissonante e fragmentada como São Paulo, foi criada uma narrativa — textual, visual e material — igualmente dissonate, fragmentada e de aparência improvisada. Caixas de papelão sobrepostas são empilhadas até uma altura de 4 metros e preenchidas de forma irregular pelas imagens que narram as transformações e histórias do local, mesclados à uma série de leituras gráficas da São Paulo contemporânea. A estampa, numa grande parede azulejos na entrada da exposição, faz evidente menção ao painel da azulejos criados por Wasth Rodrigues no Largo da Memória, unindo passado e presente de uma cidade polifônica. Num corredor anexo, uma narrativa mais temporal contextualiza o visitante que não estiver familiarizado com a evolução urbana de São Paulo. A execução e seu assunto se integram em suas múltiplas camadas — da grandiloquência ao improviso malfeito — para registrar um retrato não linear da cidade de São Paulo.

 “Memória. Visões de um pequeno largo” esteve em carta em 2019 no Museu da Casa Brasileira.