A PIRÂMIDE DO PIQUES
São Paulo narrada pelo Largo da Memória

Em 1814, num pequeno largo recém edificado no Piques, o mais importante entreposto comercial da São Paulo de então, foi erguido o primeiro monumento da cidade, um obelisco. A coluna pontiaguda de pedra de cantaria, medindo pouco mais de oito metros de altura, recebeu o nome oficial de Obelisco da Memória. Na voz das ruas, porém, não foi nem Obelisco, nem da Memória: virou a Pirâmide do Piques.

De lá pra cá, o local e sua área próxima sofreram profundas transformações que, se por um lado as distanciaram dos holofotes da metrópole, por outro as credenciaram a narrar São Paulo como poucos: uma cidade que avança confiante em direção ao futuro ao mesmo tempo em que emperra em atravancados congestionamentos. Que alardeia o novo enquanto repete velhos enredos. Que se abre em grandes planos mas tropeça distraída em algum minúsculo detalhe. Uma cidade clara e imprecisa, linear e fragmentada, cosmopolita e provinciana, virtuosa e mesquinha, rica e miserável. Mas, de um modo ou de outro, sempre viva.

“A Pirâmide do Piques — São Paulo narrada pelo Largo da Memória” utiliza o mais antigo monumento paulistano para contar a história da cidade em textos e mais de 300 imagens recolhidas de fontes das mais diversas, amarrados por um projeto gráfico que intervém de modo ativo na narrativa.

“A Pirâmide do Piques — São Paulo narrada pelo Largo da Memória” foi publicado pelas Edições Sesc em 2021.

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