
Ainda Não é o Fim do Mundo
Paço das Artes
Identidade visual para exposição coletiva no Paço das Artes.
A mostra reuniu o trabalho de dezenove artistas brasileiros contemporâneos, divididos em três núcleos: Da Inocênia à Paciência, Dos Equívocos às Catástrofes e No Encanto e nos Recantos dos Mistérios Reinventados. A mostra buscava refletir sobre um dos temas mais prementes do nosso tempo, o limiar da relação entre o homem e o meio ambiente.
Dialogando com o universo expandido dessa temática, o projeto de identidade visual se articulou sobre uma releitura gráfica de três golden spikes, marco físico utilizado pela geologia para marcar a transição entre diferentes períodos de tempo geológico, geralmente formado por um prego metálico de cor dourada cravado na rocha. Sobrepostos ao nome da exposição, os três golden spikes, contudo, não encobrem as letras sobre as quais se projetam: distorcem-nas em versões mutantes que atingem um grau quase ilegível. Transformação, destruição e ressignificação, sem sínteses redutoras ou conclusões definitivas de um futuro que, mesmo se insinuando sombrio, ainda é incerto.
Além de formarem um elemento com alto grau de iconicidade para a comunicação da exposição, seja em veículos digitais ou na própria entrada do Paço das Artes, os golden spikes também funcionam como estrutura narrativa do espaço expolsitivo, sinalizando, um a um, as três salas que compõe a mostra coletiva.




